Apesar de ainda não receber toda a atenção que deveria, o teste de urina é um método de avaliação de saúde antiquíssimo. Tanto para a saúde humana quanto para a animal, o exame já era feito desde o século II d.C. É por esta (e outras) razões, que daremos continuidade ao nosso projeto de trazer mais luz à urinálise veterinária. Vamos lá?
Os rins
Os rins são responsáveis pela filtragem do sangue, reabsorção de nutrientes e exceção de várias substâncias do metabolismo celular que seriam tóxicas ao nosso metabolismo.
Desta forma, a urina, como resultado desse processo, tem em sua análise um valor essencial para o diagnóstico, prognóstico e acompanhamento de inúmeras doenças de diversos sistemas.
A urinálise
Sempre que pensamos em urinálise, associamos o exame a problemas renais. No entanto, ele pode auxiliar no diagnóstico e acompanhamento de doenças endócrinas, hepáticas, cardíacas, ósseas, dentre outras.
Ele é dividido em três partes/análises: física, química e sedimentoscópica.
Na análise física, avaliamos volume, cor, odor e aspecto.
Na análise química, avaliamos densidade, pH e diversos outros parâmetros (como cetona, bilirrubina, proteína, nitrito, creatinina, microalbumina, etc) que podem ser feitos por meio de fitas específicas para urinálise. Nestes casos a medição é semiquantitativa.
Outra opção é fazê-lo em um aparelho de bioquímica úmida. No entanto, além da complexidade para a execução de alguns parâmetros como, por exemplo, a microalbumina, outros são inviáveis (pH, cetona, nitrito etc).
O que justifica esse impedimento é a falta de kits comerciais para urinálise veterinária. Normalmente eles não são produzidos por não serem uma metodologia muito assertiva. Desta forma, costumamos utilizar a bioquímica úmida para a avaliação quantitativa (lembra que nas tiras para urinálise a medição é semiquantitativa?) da proteína e creatinina, principalmente, para acompanhamento e avaliação da função renal.
Um ponto a se ressaltar é que a relação proteína/creatinina urinária, por ser uma das mais importantes análises, deve ser sempre executada na bioquímica úmida quando precisamos de valores absolutos.
Ainda tratando sobre casos especiais e exceções, nos parâmetros de análise química, vale lembrar que a análise da densidade urinária tem a medição via refratrômetro como metodologia ouro (a mais recomendada).
Na análise sedimentoscópica, verificamos as células epiteliais, presença de leucócitos, eritrócitos, cilindros, cristais e outros elementos (espermatozoides, gotículas de gordura, leveduras, ovos de parasitas). A sedimentoscopia é fundamental e deve ser sempre correlacionada com leitura da tira ou com a bioquímica urinária.
Para que tenhamos um exame completo, a avaliação física, química e do sedimento urinário são essenciais e complementares.
Fitas para urinálise
As fitas de urina propiciam uma grande agilidade e facilidade para a urinálise. São tiras simples e pequenas com almofadinhas (para absorção da urina) que se referem a parâmetros químicos pré-definidos.
Elas são, atualmente, o meio mais utilizado e validado para a análise química das amostras de urina. Por este motivo, separamos dicas incríveis para um teste de urinálise veterinária perfeito.
Inclusive, já deixamos uma dica dos nossos próximos dois blog posts: iremos desvendar mais de cada um dos parâmetros mais importantes para a urinálise veterinária. O material está imperdível e poderá ser conferido dentro dos próximos dias.
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