Bioquimica_Veterinária

Conheça tecnologias e equipamentos para bioquímica veterinária

Montar um laboratório veterinário é uma tarefa que envolve muitos estudos e considerações, afinal se trata de um passo que pode mudar drasticamente a rotina laboratorial e financeira de uma clínica e/ou ser um excelente novo negócio. A Foco já deu 5 dicas essenciais sobre o que considerar nesse momento, discorreu sobre equipamentos e tecnologias para hematologia e agora traz um conteúdo imperdível para a bioquímica veterinária.

Juntamente da hematologia, a bioquímica tende a ser o segundo pilar de todo centro de diagnóstico que privilegie as análises in vitro. Ela costuma trazer informações cruciais sobre a fisiologia do paciente, seus estados endócrinos e metabólicos e é, muito frequentemente, a chave para o diagnóstico de inúmeras doenças.

A grande quantidade de metodologias, tecnologias e possibilidades para confecção dos testes torna a bioquímica veterinária tão versátil quanto tangível a diversos tipos de públicos e realidades. Por esta razão, se faz mais que necessário compreender o que o mercado traz como opções e escolher aquela que mais se adéqua à sua realidade! Preparados? Vamos lá!

Tecnologias de equipamentos de bioquímica veterinária

Bioquímica úmida

Os equipamentos de bioquímica úmida têm este nome porque utilizam reagentes líquidos e água no processo de execução dos exames. Trabalham com metodologias de absorbância, fotometria e turbidimentria.

Todos os métodos acima são colorimétricos, e também os mais usuais na determinação dos parâmetros revelados pelos testes de bioquímica sérica, urinária e de diversos outros fluidos em geral.

Bioquímica seca

É uma tecnologia mais avançada e prática cuja metodologia dispensa a utilização de água ou reagentes líquidos na confecção dos exames. A depender do equipamento a ser trabalhado, são utilizados slides ou rotores que contém camadas de reagentes sólidos, filtros e membranas.

A amostra (sangue, plasma ou soro) quando depositada no slide ou rotor, reage com o reagente sólido e é lido por um feixe de luz específico. Cada slide ou rotor é de uso único e, além da segurança e precisão do método, a química seca não exige equipe altamente especializada para a realização dos testes (diferentemente da interpretação).

Equipamentos bioquímicos veterinários

Equipamentos de bioquímica úmida semiautomáticos

Os equipamentos de bioquímica úmida semiautomáticos tendem a ser os “de entrada” em boa parte das clínicas que querem utilizar bioquímica úmida. São aparelhos que envolvem uma boa participação “humana” nos processos de confecção dos exames. Apesar de terem um manuseio simples, especialmente com a prática, eles dependem de um bom conhecimento e trato metodológico do operador.

Desta forma, para utilizarmos equipamentos semiautomáticos são necessários acessórios, como pipetas automáticas, ponteiras, banho maria, centrífuga, tubos e reagentes. Toda a parte de preparação dos reagentes de trabalho e da amostra é feita de forma manual, seguindo as orientações da bula do reagente.

Em seguida, após as preparações, o equipamento faz a leitura dos exames. O tempo de espera varia com quantidade de parâmetros, assim como com os parâmetros escolhidos (que possuem tempo de preparação e leitura diferentes). Desta forma, estima-se que para um perfil de 3 a 4 parâmetros, são necessários cerca de 30 minutos para ter os exames em mãos. É um equipamento indicado para pequenas demandas, mas pode suportar até uma média de 300 parâmetros bioquímicos por mês.

Consequentemente, é recomendado para clínicas, hospitais e laboratórios veterinários que não têm uma rotina bioquímica enorme e que contam com técnicos, laboratoristas ou patologistas. Lembramos que a interferência humana nos testes é bastante grande e por isso, os acessórios devem ser de boa qualidade e o operador deve, preferencialmente, ter experiência e método.

De acordo com o que foi dito, tem como principais vantagens o baixo investimento inicial, e o baixo custo por teste – margens de lucro muito significativas.

Equipamentos de bioquímica úmida automáticos

Apesar de dividir com os semiautomáticos boa parte das tecnologias de análise, toda a parte de preparação de reagentes de trabalho, pipetagem das amostras e reagentes e incubação é feita pelo equipamento. E este é o seu grande trunfo.

São aparelhos de facílimo manuseio, rápidos, precisos, acurados e muito econômicos. Por esta razão, são necessários poucos acessórios e podem ser operados por clínicos, patologistas ou técnicos bem treinados.

No mercado existe uma série de equipamentos automáticos para bioquímica veterinária, com diversas velocidades, especificações, estruturas internas, resistências, capacidades e outra série de particularidades a se depender de marca e modelo.

É importante que o veterinário determine sua rotina, custos, plano de investimento e retorno para decidir qual seria o equipamento mais adequado para ele. Além disso, é importante averiguar o consumo de reagentes, água, refrigeração do disco de amostras e reagentes, lavagem ou não de cuvetas e custos com manutenção anual.

O investimento em um equipamento automático é muito maior que em equipamentos semiautomáticos mas existem uma série de vantagens como: menor interferência humana nos resultados, menor consumo de reagentes e de água – fato que, a depender do equipamento, pode ser 8x menor – maior acurácia, rapidez nos resultados, facilidade de manuseio, maior capacidade de execução de exames (quantidade e qualidade), possibilidade de execução de parâmetros separados ou perfis completos, robustez, e, além de ainda vários outros, lucro.

São indicados para clínicas, hospitais e laboratórios veterinários com média a alta demanda (acima de 300 parâmetros mensais).

Equipamentos de bioquímica seca automáticos

Os equipamentos de que se utilizam da tecnologia seca são o que há de mais moderno e prático para a categoria de bioquímica veterinária. São, todos eles, automáticos e, na maioria das vezes, dispensam grande parte dos acessórios.

Em alguns casos, como os do VB1 vet, mesmo para perfis mais completos, os resultados são conseguidos em apenas dois passos – inserção da amostra no rotor de reação e inserção do rotor e dados no equipamento, sem sequer precisar de centrifugação. Toda esta tecnologia e compensação em praticidade, contudo, acabam refletidas no custo por teste, o que faz com que, consequentemente, toda bioquímica seca tem um custo por reação bem maior que as bioquímicas úmidas.

Estes equipamentos têm a vantagem de serem fáceis de operar, não requererem grande experiência anterior do operador, necessitarem de poucos acessórios e serem muito precisos.

Assim, são indicados para clínicas e hospitais veterinários com rotinas baixas a medianas e veterinários com pouco tempo e experiência laboratorial (itens que podem contraindicar uma semiautomática úmida).

Também são indicados para locais com espaço restrito devido ao tamanho compacto dos equipamentos e urgências/emergências, pela praticidade, rapidez e acurácia, além disso, são backups ideais para grandes hospitais, clínicas e laboratórios que queiram estar preparados para qualquer imprevisto com suas máquinas principais.

O investimento em equipamentos de bioquímica seca é de baixo a médio e se encaixa perfeitamente na indicação intermediária entre os equipamentos automáticos e semiautomáticos. As possibilidades de locação e comodato destes equipamentos também traz alguma versatilidade na formatação de aquisição. O VB1 vet, inclusive, se encaixa nessas modalidades. Para saber mais, clique aqui.

Incrível, né? Agora você está cada vez mais perto de formatar a melhor configuração para seu laboratório veterinário. Inclusive, já vale a pena ir se preparando para os testes que serão executados em suas bioquímicas, hein? Clique aqui para conferir um post especial sobre os parâmetros da bioquímica veterinária e ficar ainda mais por dentro do assunto.

Voltaremos em breve com ainda mais novidades. Fique de olho e até mais!

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